sábado, 7 de janeiro de 2012

Eu sou um baita fotógrafo!


Ai a pessoa vai lá e faz um álbum em uma rede social qualquer com o título: “Minhas melhores fotos”.

Custava deixar a pasta sem título, chamar de outras ou diversas?
Essas são mesmo as melhores fotos?
Ainda bem que o camarada escolheu outra profissão. 

Erudição de Facebook

“Comprada minha montanha mágica no original, do Thomas Mann, na Buddenbrooky Haus em Lübeck: realizada mais uma das 500 alegrias a serem vividas antes de morrer \o/”

Então é hora de por na lista:

Alegria 501: Aprender a escrever Buddenbrookhaus corretamente.

Alegria 502: Comprar uma capinha de plástico linda para o livro,  já que só vai servir pra juntar poeira caso a Alegria 503 não se realize.

Alegria 503: Aprender a falar alemão o suficiente para ler Thomas Mann no original... coisa que parece BEMMMMMMMM distante.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Manual do artigo científico

“Pessoal da garimpagem de obras, como se faz as referências dos artigos? E outra, pra ser artigo cientifico basta ter as referências no final?”

Me deparo com isso na timeline do FB e tenho que lembrar que um ser humano que faz uma pergunta dessas tem diploma de ensino superior e está fazendo a segunda faculdade...

Não queridinha, não é bem assim não. É bem mais fácil: é só ir na Wiki, copiar e colar: já vem com as referências!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Turistagem malemolente

Daí o ser humano vai pra "Capitar"

E como bom interiorano (tendo morado por alguns meses no meio do nada, a.k.a. cu do Judas), portou-se como um bom estereótipo do êxodo - primeiro, do país de origem, segundo da primeira cidade estrangeira que o acolheu, terceiro da noção.

Fotinho sorridente no matadouro? Check. Cervejinha onde mataram alguns muitos inimigos do "partido"? Check. Fotinho subindo em lugar probido, com pose de gatão num local que é feito pra se pensar nos horrores da guerra? Check. Comprar souvenir "pega turista"? Check.

Mais um pino no mapa, daí te pergunto: conhece a cidade? Nem sombra.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Olha o exemplo.... (eu e meus homônimos, parte 2)

Eis que hoje recebo um e-mail destinado a um outro ser humano que compartilha do mesmo nome que o meu. Já começo a conhecer meus homônimos pelas suas profissões: tem o advogado, de Minas Gerais - sei disso porque cansei de receber e-mails sobre "jogos jurídicos mineiros" e provas da faculdade - e tem o arquitecto, de Lisboa - para este, inclusive, já recebi de fotos de estruturas metálicas, convocações para reunião de pais e mestres na escola e até e-mails eróticos. Sério.

Desta vez foi o advogado.

Recebo, de alguém de um escritório de advocacia (Fulano & Beltrano Associados, pomposo como todo escritório desses normalmente é), um "printscreen" de um processo, com alguma parte importante destacada. Mas o que me chama atenção é a barra logo abaixo do título da janela, uma estrelinha colorida com os dizeres:

"Esta cópia do Microsoft Office não é original. Saiba mais online..."

Minha resposta ao e-mail:

"Olá fulano. Infelizmente você enviou este e-mail para a pessoa errada.

Att,

PS.: Não pega mal para um escritório de advocacia utilizar software pirata?"

Aguardando resposta...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Olha, eu sei contar!

Daí você tem um pequeno trabalho para fazer, dentre tantos outros inúteis e sem sentido, para o seu grupo de Mestrado (que Odin o tenha, amém). Uma tarefa simples, de resumir algumas idéias num microtexto de até 500 caracteres.

Eis que a GÊNIA, este SER ILUMINADO, no AUGE das suas sinapses e na potência máxima de seu cérebro, envia o seguinte e-mail:

"Olá,

Eu fiz um pequeno experimento enquanto escrevia, para ajudar vocês. Isso é um texto de 500 caracteres:

[insira aqui um texto babaca cheio de erros de inglês]

Duas a três frases. No máximo quatro."

A resposta foi mais do que óbvia: "que lindo! você contou sozinha? Eu não seria capaz de contar por mim mesmo, obrigado por ser tão bondosa e inteligente!"

Eu acho incrível como as pessoas nivelam as outras de acordo com a sua própria capacidade mental.

Eu e meus homônimos

Quando eu nasci, minha mãe quis me encher de sobrenomes. Eu sempre ODIEI isso, e um dia perguntei a ela o porquê. A resposta: "para evitar problemas com homônimos".

Eis que, muitos anos depois eu sou obrigado a dizer "mãe, você estava - como sempre - certa".

Na verdade eu não chego a ter problemas de ordem séria com meus homônimos; minha relação com eles se restringe à internet, e me causa situações engraçadas.

Um dia eu recebo um e-mail completamente aleatório, me chamando de "irmão" e com uns papos meio tortos sobre "iluminação", "animais de poder", me chamando de "o branco sábio" e afins. O mais curioso foi notar que, no e-mail original, meu homônimo (agora também conhecido como "o branco sábio" colocou O PRÓPRIO ENDEREÇO DE E-MAIL ERRADO. MULA!

Mas a graça mesmo foi ler o e-mail que o dito enviou a esse guru da espiritualidade. Seguem alguns trechos, com os erros de português e tudo.

"Aqui é o Fulano do facebook (dreads/fotógrafo).. tudo bem?!?! Estou achando incrível seu 'blog'... é como se eu tivesse escrito muitas coisas, sua forma de ver Deus, de ver a vida, de ver o mundo, de se ver. Você é muito sábio, e faz juz ao nome iluminaty."

"ps2: eu fui iluminado em uma rave também... universo paralello... na virada do ano.. mas não por fatores externos.. foi o dia que literalmente a minha alma gritou, se libertou e fez juras ao 'cosmo'!"

ILUMINADO EM UMA RAVE? JURAS AO COSMO? ILUMINAT(I)Y? Ah, vá lavar uma pia de louça suja, soldar um portão, assentar uma laje... mas não vem encher minha caixa de e-mail com essas baboseiras New Age...