1. O link leva à uma página morta, inexistente ou qualquer outro lugar aleatório.
2. Você coloca seu e-mail, clica no botão e vai dormir feliz achando que está tudo lindo.
Nos dois casos, a mesma coisa acontece: os e-mails infernais continuam.
Eis que um dia, cansado de receber mala direta de uma loja de roupas femininas do Rio de Janeiro, resolvo responder. Segue a minha resposta:
"Bom dia Fulana,
Embora meu sonho dourado seja poder sair na rua usando peças de tanto bom gosto e requinte, a atual configuração da nossa sociedade moderna, infelizmente, condena tal tipo de atitude. Segundo a convenção cultural e os valores da tradicional família brasileira, não é adequado a um homem heterossexual sair pelas ruas de Ipanema vestindo saia lápis, chemisier ou scarves. Uma pena, eu sei.
No entanto, receber tais newsletters da sua loja somente aumenta e colabora com a minha frustração, e neste momento encontro-me devorando um pote de sorvete de chocolate com calda quente de Nutella por cima para tentar conter tamanha decepção com nossos deturpados valores sociais. Você gosta de Nutella? Eu acho que fica ótimo com sorvete.
Portanto, srta. Fulana, se a senhorita tem um pouco de compaixão com este que vos escreve, e não deseja de forma alguma que a minha auto-imagem, já abalada por somente desejar as peças de sua coleção, seja ainda mais prejudicada pelos males da gordura trans e do açúcar que ingiro para nivelar minha serotonina em meu organismo e conseguir encarar mais um dia sem poder dar vazão aos sentimentos que se encontram encarcerados no âmago de minh'alma, eu gostaria que retirassem meu e-mail de vossa Newsletter.
Muito obrigado e tenha um bom dia."
Olha, funciona. E ainda me garante boas risadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário